Há 1 ano, estávamos nos Estados Unidos, visitando familiares e também a capital do país, que ainda não conhecíamos. Washington D.C. nos surpreendeu muito: uma cidade muito bonita, limpa, organizada e agradável de morar e passear. Fomos no final do inverno/começo da primavera, com dias de frio ameno, ideal para turistar pela cidade sem ficar esgotado pelo calor, ou atolado na neve.
O nosso primeiro passeio turístico em Washington foi o Cemitério Nacional de Arlington, durante uma manhã cinzenta de sábado. Arlington, na verdade, é uma cidade na Virgínia, estado vizinho a D.C. Apesar de falarmos que é outra cidade, em outro estado, a distância à capital americana é apenas a da ponte “Arlington Memorial”, no Rio Potomac. Inclusive, se a ideia de visitar um cemitério não te agrada (o que eu vou tentar te convencer o contrário neste artigo), saiba que a vista de Washington a partir de lá é incrível!

Vista do “National Mall” a partir de colina no Cemitério de Arlington. Foto: arquivo pessoal
Sobre o Cemitério Nacional de Arlington
O Cemitério Nacional de Arlington é o mais conhecido e tradicional cemitério militar dos EUA. Lá estão enterradas mais de 400 mil pessoas, entre veteranos de cada uma das guerras travadas pelo país, pessoas importantes para a história americana e ex-presidentes. O cemitério, que tem uma área de 253 ha, foi fundado no antigo terreno de Arlington House, o palácio da família da esposa do comandante das forças confederadas da Guerra Civil Americana, General Robert Lee, Mary Anna Lee, descendente da mulher de George Washington, primeiro Presidente dos Estados Unidos (via Wikipedia).

Localização do Cemitério de Arlington. Fonte: Google Maps
Visita ao Cemitério de Arlington
O Cemitério é aberto ao público todos os dias, das 8h às 17h (por favor, confira essa informação antes de planejar sua visita). A entrada é gratuita e o acesso é super fácil utilizando transportes públicos. O que você deve ter em mente é o clima, pois o lugar é praticamente 100% a céu aberto e se estiver chovendo, nevando ou com sol forte, pode ser uma má ideia. Outro fator a ser considerado (eu sei, vai parecer besteira) é o seu condicionamento físico. O cemitério é imenso e em uma região cheia de morros. No dia, andei tranquilamente, mas depois senti a panturrilha doendo por 3 dias seguidos sedentária.

Na entrada do Cemitério de Arlington. Foto: arquivo pessoal
Visitas a cemitérios não são exatamente alegres, por motivos óbvios, mas podem ser uma grande aula de História e cultura local. Além disso, são cenários fantásticos aos amantes da fotografia e já para os amantes do silêncio, como eu, é um lugar perfeito. Eu gosto de cemitérios, confesso. O Cemitério de Arlington é um importante ponto turístico da região. Não só para estrangeiros, como nós éramos, mas também para os americanos, que vão ao lugar prestar homenagens a seus entes queridos, ou mesmo desconhecidos, que lutaram pelo país em guerras diversas. É um lugar muito bonito, mas acima de tudo é um lugar de grandes histórias e emoções.
Ao visitarmos um cemitério, é bom termos o cuidado com o nosso comportamento (poses para fotos, atitudes, tom de voz…). Precisamos lembrar que, se para nós é um passeio turísticos, para muitos é uma visita ao túmulo de alguém querido. Um exercício rápido de se colocar no lugar do outro já te dá uma ideia de como se comportar, não é mesmo? Enfim, quis reforçar esse recado aqui no blog, mas o próprio cemitério já disponibiliza placas pedindo respeito e silêncio em sua propriedade, especialmente perto de lugares que atraem mais turistas, como o túmulo dos Kennedy.

Cemitério de Arlington. Foto: arquivo pessoal

Cemitério de Arlington. Foto: arquivo pessoal

Cemitério de Arlington. Foto: arquivo pessoal

Cemitério de Arlington. Foto: arquivo pessoal

Cemitério de Arlington. Foto: arquivo pessoal

Foto: arquivo pessoal

Foto: arquivo pessoal
O que ver no Cemitério de Arlington
Uma infinidade de lápides, todas iguais, perfeitamente organizadas em fileiras simétricas, é o cenário mais comum do Cemitério de Arlington. Ao todo, o cemitério é dividido em 70 seções, com túmulos que possuem algo em comum. Alguns sítios são mais “famosos” (porque eu não quero dizer importantes) que outros, como o dos Kennedy (com a Chama Eterna, acesa por Jacqueline Kennedy, esposa de John F. Kennedy, no ano de sua morte, em 1963); do Soldado Desconhecido (Unknown Soldier), que guarda restos mortais de soldados de algumas guerras e representa todos os soldados que nunca voltaram para casa (veja também sobre a troca de guarda desse monumento, é bem interessante); e de outras personalidades da História Americana.
Você pode fazer o tour pelo cemitério a pé, por conta própria, ou pagar pelo tour no ônibus, que para apenas nos principais pontos do Cemitério. Nós fomos a pé, mas não seguimos nenhum roteiro (erro!) e acabamos não vendo algumas coisas. Um lugar que achei interessante lá dentro é a Arlington House, que fica no topo de um morro. A casa, cujo início de sua construção data de 1802, funciona como um museu, com os cômodos mantidos como eram à época de sua utilização.

Dentro da Arlington House. Foto: arquivo pessoal

Interior da Arlington House. Foto: arquivo pessoal
Eu e marido gostamos muito desse passeio. Se soubesse antes que seria tão interessante, teria programado de pegar o ônibus e fazer o tour completo, com explicações mais precisas e uma “caroninha” que teria nos ajudado a ver mais do Cemitério. Se você gosta de cemitérios, de História, de Fotografia e de lugares tranquilos, com certeza deve incluir o Cemitério de Arlington na sua sua visita à Washington D.C. Aproveite as dicas e bom passeio!