Eu não poderia conceber a ideia de visitar a Jordânia e não conhecer Petra. Com o início das pesquisas de viagem, Wadi Rum também entrou na lista e, não importava o que teríamos que fazer, ou deixar de fazer, no nosso roteiro pela Jordânia, esse deserto não poderia ficar de fora.
Como vocês podem ver no mapa abaixo, a Área Protegida de Wadi Rum fica bem longe da capital Amã, de onde chegariam e partiriam os nossos voos, ou seja, para realizar o desejo de conhecer o deserto vermelho da Jordânia, teríamos que nos deslocar muito dentro do país. E já posso adiantar algo a vocês? Valeu a pena cada quilômetro rodado!

Localização da Área Protegida de Wadi Rum. Fonte: Google Maps
Como chegar ao Wadi Rum
Para chegar ao Wadi Rum saímos cedinho de nosso hotel em Amã e pegamos a estrada rumo ao sul do país. Foram 4h de viagem, aproximadamente 315 km da capital à Área Protegida. Para o transporte, utilizamos a mesma empresa de turismo que nos acompanhou durante toda a viagem à Jordânia (vou falar especificamente sobre isso em outro post). Não sei se há outra forma de ir de Amã até o Wadi Rum tão eficiente quanto carro + motorista local. Se você não quer preocupação, contrate também uma empresa de turismo ou um motorista para te levar até lá.

A caminho de Wadi Rum, nosso motorista se saindo super bem com o clima doido da Jordânia: tempestades de areia, de água e ventos que balançavam o carro na estrada. Foto: arquivo pessoal
Sobre o deserto vermelho de Wadi Rum
A Área Protegida de Wadi Rum, também conhecida como “Vale da Lua”, é habitada desde a pré-história. Inclusive, vimos registros de antigas civilizações que deixaram suas marcas nas pedras da região. A paisagem desse deserto vermelho é absolutamente fantástica! A chamam de “Vale da Lua”, mas eu chamaria de “Vale de Marte”. Hollywood também concorda comigo, é por isso que eles filmaram o filme “The Martian” por lá! O canal no Youtube “Visit Jordan” também fez um vídeo promocional explorando essa temática. Olhem que legal:
Visita ao Wadi Rum
O marido já havia visitado a Jordânia em 2008 e, na ocasião, fez um passeio por esse deserto e acampou por lá. Ainda hoje oferecem esse tipo de turismo e se você é mais aventureiro ou tem tempo de sobra no país, acho que vale a pena passar por essa experiência com os beduínos no deserto jordaniano. Nós, porém, só tínhamos algumas horas, pois estávamos vindo de Amã e ainda teríamos que nos deslocar até Petra, onde passaríamos a noite.
O deserto de Wadi Rum é habitado, nos dias de hoje, por tribos beduínas. Com o aumento do turismo nos últimos anos, houve uma significativa melhora na qualidade de vida dessas tribos, que hoje contam com maior infraestrutura (casas, escolas), melhores veículos e, consequentemente, melhor estrutura para o próprio turismo. Ao chegarmos lá, fomos recepcionados por um guia beduíno que nos levou para o passeio pelo deserto com duração de 2h, utilizando o próprio carro. O guia que nos acompanhou falava inglês muito bem, era muito simpático e nos esclareceu vários aspectos da vida no deserto e também da própria história do local.

Tenda beduína em Wadi Rum. Foto: arquivo pessoal

Tenda beduína em Wadi Rum. Foto: arquivo pessoal

Petróglifos em Wadi Rum. Foto: arquivo pessoal

Explorando o deserto de Wadi Rum, na Jordânia. Foto: arquivo pessoal
O guia nos levou a pontos específicos do grande deserto para mostrar o que havia de mais interessante. Éramos somente eu e marido dentro do carro com ele, mas isso porque o “deserto estava deserto” e, além de nós dois, só vimos outro carro com alguns turistas. A grande vantagem de viajar no inverno é que não tínhamos que disputar espaço e a atenção do guia, que ficou por nossa conta. Não sei se por esse motivo, ou é sempre assim, mas o silêncio e a paz desse lugar são indescritíveis!

No carro com o beduíno, nosso guia. Foto: arquivo pessoal

Nosso guia nos mostrando outros petróglifos escondidos em Wadi Rum. Foto: arquivo pessoal

Petróglifos em destaque (caçador e caça). Foto: arquivo pessoal

Mais petróglifos em Wadi Rum. Foto: arquivo pessoal

Khazali Cayon, em Wadi Rum, onde estão os petróglifos. Foto: arquivo pessoal
Eu fiquei completamente apaixonada pelo Wadi Rum! Não passamos tanto tempo por lá quanto gostaria, mas definitivamente recomendo a todos que estendam a sua visita ao deserto. No dia que visitamos, o frio era intenso e o vento estava fortíssimo! Inclusive, por segurança, o nosso guia não nos deixou passar pela “ponte”, uma estrutura de pedra que remete a essa tipo de construção, e nossa câmera fotográfica estragou, pois entrou areia na lente. A visita durante o inverno foi menos sofrida do que no verão, mas acho que nas estações intermediárias deve ser mais agradável, pois subir dunas com casaco de frio foi bem complicado, vejam pelas fotos seguintes:

Fazendo um enorme esforço para subir a duna…

Olhando para trás para descansar e admirar a paisagem…

Completamente esbaforida e ainda no meio do caminho…

Marido com ritmo bom de subida…

Chegueeeeiiii!

Muito tempo recuperando o fôlego apreciando a paisagem…

A mão apoiando na pedra é porque o vento era forte! A outra era para senti-lo. Foto: arquivo pessoal

O lindo e incrível deserto vermelho de Wadi Rum! Foto: arquivo pessoal
O deserto é belíssimo! Sua areia é fina e bem vermelha, as formações rochosas são gigantescas (a maior alcança 1.800 m acima do nível do mar) e algumas são mais famosas, como os “7 Pilares da Sabedoria”, nome dado em homenagem ao livro do oficial britânico T. E. Lawrence. A vegetação do local também é muito intrigante (oi, bióloga) e, uma pena, não vimos nenhum animal além dos camelos dos beduínos. Talvez seja um motivo para voltar, né?

Foto: arquivo pessoal

Foto: arquivo pessoal

Foto: arquivo pessoal
E por hoje é só, pessoal! Espero que tenham gostado de saber um pouco mais sobre esse pontinho vermelho no Oriente Médio que tanto me encantou. Se tiverem oportunidade, não deixem de visitá-lo também! Tenho certeza que irão adorar 🙂 Deixem nos comentários o que vocês acharam do post e me contem se já foram ao Wadi Rum e o que acharam da experiência.
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