Em dezembro de 2016, fizemos uma viagem de 15 dias pelo Egito e Jordânia. É comum que viajantes escolham fazer esses dois países no mesmo roteiro e, para nós, não foi diferente, principalmente porque o voo mais barato de Abu Dhabi para Cairo fazia escala em Amã, capital da Jordânia. Logo, já que o avião passaria por lá na ida e na volta, por que não já conhecer também este país tão encantador aqui pertinho?
No total, foram 10 noites no Egito e 5 noites na Jordânia. Neste artigo, focaremos somente no roteiro da Jordânia, enquanto o roteiro do Egito ficará para outra ocasião.

Nas ruínas da cidade romana de Jerash, Jordânia. Foto: arquivo pessoal
Primeiramente, gostaria de dizer que 5 noites foram ideais para a nossa visita ao país. É claro que ainda havia outras coisas a serem exploradas, principalmente em Amã e em sua região norte, mas posso afirmar que vimos o principal e não acho que “preciso” voltar para ver as coisas que faltaram. Então, sim, 5 dias são suficientes!
Se você também mora no Oriente Médio, pode aproveitar um feriado prolongado e conhecer a Jordânia. Se você está vindo do Brasil ou de outro país mais distante, uma boa ideia é combinar o roteiro com outro país próximo (Egito, Israel e Palestina são os mais comuns).
Nós deixamos para conhecer o país na “volta” da viagem, ou seja, depois do Egito. Então, saímos cedo de Hurghada, pegamos um voo que fez escala em Cairo e fomos para Amã. Utilizamos a Egyptair no primeiro trecho e a Royal Jordanian no segundo.
Roteiro de 5 noites na Jordânia
O nosso roteiro ficou assim:
Dia 1: Fomos do aeroporto para o hotel em Amã. Descanso.
Dia 2: Começamos o dia visitando Citadel, em Amã. Depois do almoço fomos para as ruínas romanas de Jerash (também chamada de Gérasa) e depois para o Castelo de Ajlun. Noite em Amã. (Posts aqui e aqui)
Dia 3: Saímos cedo de Amã rumo ao deserto Wadi Rum e depois fomos para o hotel em Petra. Descanso. (Post aqui)
Dia 4: Dia inteiro em Petra, mais de 15 quilômetros de caminhada. Dormimos no hotel em Petra. (Post aqui)
Dia 5: Saímos cedo rumo a Madaba, cidade cristã dos mosaicos. Passamos pelo Monte Nebo e seguimos para o Mar Morto. Dormimos no hotel no Mar Morto. (Posts aqui e aqui)
Dia 6: Saída pela manhã para o Aeroporto em Amã. Chegamos em Abu Dhabi no final da tarde.

Citadel, em Amã. Foto: arquivo pessoal
Considerações pessoais sobre o roteiro
Como viram, o roteiro é bem simples. Na verdade, a maioria dos roteiros pela Jordânia são desse jeito, mudando algumas vezes somente a ordem das cidades. Vamos agora a algumas considerações pessoais:
Adorei Amã! Não sei que tipo de conexão tive com aquela cidade e com o povo, mas adorei a capital jordaniana. Como viram, passamos pouquíssimo tempo por lá, mas o suficiente para ter ficado com uma ótima impressão. Amã não é como Abu Dhabi, moderna e imponente, ela é mais desorganizada, agitada e… normal! É uma cidade normal, talvez por isso eu tenho gostado tanto (para quem ficou fora do contexto, aqui nos Emirados nos sentimos, muitas vezes, em um mundo meio “falso”, pois tudo aqui é muito novo e organizado). E a minha dica é: se puder, fique pelo menos 1 dia em Amã, como ficamos, pois pode ser que vocês gostem também!
Citadel é interessante, vale a visita. A vista de lá é muito bacana e você não precisa ficar mais que 1h30min por lá. Jerash fica a 50 minutos de Amã e vale muito a ida. Inclusive, se estiver com o roteiro apertado, sugiro que dê prioridade para as ruínas romanas de Jerash a qualquer outra coisa, é muito interessante! O forte de Ajlun também foi bem legal. Eu e o marido não nos recordamos de já ter entrado em um forte tão velho/grande/bem preservado. A região onde ele se encontra também é muito bonita. Porém, como é mais afastado de Amã, a visita deve ser melhor programada. Vale a pena? Sim.

No incrível deserto vermelho de Wadi Rum, Jordânia. Foto: arquivo pessoal
Muita gente vai a Petra, mas nem todos vão até o Wadi Rum. Mal consigo expressar o quanto vocês estão perdendo ao fazer isso. Pelamordedeus, não deixem o Wadi Rum fora do seu roteiro! Esse deserto é todo vermelho, com paisagens absolutamente incríveis e um povo local (os beduínos) super interessante. Para mim, foi um dos pontos altos da viagem (contando Egito e todo o resto da Jordânia). Depois contarei mais em um post específico.
Petra é imperdível também, claro. O lugar é imenso, belíssimo e intrigante. Uma coisa muito acertada que fizemos no nosso roteiro foi chegar a Petra 1 dia antes do passeio e dormir lá no dia do passeio. Isso porque passamos o dia inteiro caminhando pela cidade rosa, acordamos muito cedo (começamos o passeio às 7:30) e saímos do local umas 16h, desejando loucamente a cama do hotel para descansar. Esse dia é bastante cansativo, então ter 2 noites por lá é bem sensato, confie em mim!

Simpático burrinho em Petra, Jordânia. Foto: arquivo pessoal
A cidade dos mosaicos Madaba também é interessante e, caso esteja de passagem pela região (é muito comum estar nos roteiros, pois se localiza no caminho de Amã para Petra ou para o Mar Morto) vale a parada. De tudo que vi na região, o que mais gostei foi o Monte Nebo, local sagrado onde Moisés teria avistado a Terra Prometida e morrido. No local, há uma pequena igreja e um mapa da Terra Prometida e, em dias claros, é possível avistar as cidades de Jerusalém e Jericó. De lá, também se vê o Vale do Rio Jordão e o Mar Morto.
Nadar no Mar Morto é um daqueles itens da lista de “coisas que temos que fazer antes de morrer”. Bom, pelo menos era da minha. A minha experiência por lá, no entanto, ficou aquém das minhas expectativas… O motivo? Ah, esse vocês terão que esperar até o post só sobre o local que irei fazer. Aguardem!

Marido admirando a vista do castelo/forte de Ajlun. Foto: arquivo pessoal
E, por enquanto, ficaremos por aqui. Foi um roteiro simples, enxuto, mas bem proveitoso, do começo ao fim. Passada a viagem posso dizer: não mudaria nadinha! Espero que aproveitem as dicas e, caso tenham alguma dúvida e/ou sugestão, deixem nos comentários que adoraremos saber. Beijo grande!