A viagem ao Japão já está quase fazendo aniversário, mas não posso deixar de mostrar para vocês a última cidade que visitamos no país: a belíssima Kyoto!

As lindas cores do outono japonês no templo Kinkaku-ji. Foto: arquivo pessoal.
Reservamos somente 3 dias para Kyoto e, no final das contas, só deu para fazer metade do que planejamos. Já cansados pelos dias em Tokyo e Rakone, não conseguimos ter energia suficiente para visitar os principais pontos de Kyoto (são muitos principais, na verdade).
Mesmo assim, alguns lugares não poderiam ficar de fora e vou começar mostrando a vocês 3 belíssimos templos budistas da cidade (de centenas que existem) e que PRECISAM fazer parte do seu roteiro por lá.
Kinkaku-ji
Em primeiro lugar, é claro que tinha que ser esse templo belíssimo, revestido de ouro (sim, isso mesmo, ouro!), cercado por um lago e uma paisagem incrível. Kinkaku-ji, também conhecido como pavilhão dourado, é um templo zen budista, construído originalmente em 1397, para ser a moradia do Shogun Ashikaga, sendo depois transformado pelo seu filho em um templo zen. Hoje, o lugar é um dos mais visitados de Kyoto (dirá do Japão) e desde 1994 é Patrimônio da Humanidade pela Unesco.

Templo Kinkaku-ji, em Kyoto. Foto: arquivo pessoal.
O templo tem 3 andares, sendo somente os 2 últimos revestidos de ouro. No alto, há uma estátua de fenghuang – fênix chinesa. E por falar em fênix, o templo já foi destruído várias vezes, sendo a última em 1950, por um monge que ateou fogo no monumento e tentou suicídio em seguida. Felizmente, o templo foi reconstruído e, infelizmente, visitas ao seu interior não são permitidas. Aqui neste blog vocês podem encontrar mais informações sobre esse templo, inclusive saber mais sobre suas réplicas no Brasil.

No Japão, tirar a bendita foto do templo refetindo no lago pode ser mais difícil do que parece, vide a quantidade de pessoas tentando fazer o mesmo. Foto: arquivo pessoal.

Marido ficou interessado na quantidade de ouro do templo. Foto: arquivo pessoal.

Pavilhão dourado, em Quioto. Foto: arquivo pessoal
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Ryoan-ji
Esse templo budista zen, considerado Patrimônio Mundial da Unesco, é o que chamamos tipicamente de “jardim japonês zen”, seco, somente desenhado por pedras meticulosamente organizadas, com o intuito de facilitar a meditação. A história, o criador e a data de origem do templo permanecem obscuras.

Ryoan-ji. Foto: arquivo pessoal
O jardim é composto por pequenas pedrinhas brancas, com 15 pedras grandes agrupadas entre si e não é possível, sob nenhum ângulo, ver as 15 ao mesmo tempo. Pela ausência de uma explicação “padrão”, cada visitante tira a sua própria lição ao contemplar as pedras.
E é claro que nós tentamos achar um ângulo para ver as 15 ao mesmo tempo. Obviamente, sem sucesso.

Amor queria muito ver as 15 pedras de uma vez, coitado. Foto: arquivo pessoal
Felizmente, fomos em um horário que não estava tão cheio (meio para o final da tarde) e pudemos passar um bom tempo sentados, contemplando o jardim.

Miniatura do jardim zen. Desse jeito podemos ver as 15 pedras. Foto: arquivo pessoal
Ainda nas dependências de onde está o jardim e o templo zen, há um lago rodeado de um belíssimo jardim (de plantas, dessa vez). Não deixem de fazer um passeio por lá, é muito bonito e tranquilo.

Nos jardins do templo Ryoan-Ji. Foto: arquivo pessoal

Belíssimo lago nos arredores do templo Ryoan-Ji. Foto: arquivo pessoal
Kiyomizu-dera
Outro Patrimônio Mundial pela Unesco, esse templo budista foi fundado em 780, mas suas construções atuais datam do século XVII. O templo impressiona pela sua localização e estrutura, que não utilizou um único prego. Kiyomizu-dera é conhecido por sua localização estratégica em Kyoto, onde se tem uma vista belíssima da cidade a partir de seu salão a 13 metros do solo.

Na plataforma do templo. Foto: arquivo pessoal

Kiyomizu-dera, em Kyoto. Foto: arquivo pessoal

Vista de Kyoto a partir do templo Kyomizu-dera. Foto: arquivo pessoal
Antigamente, acreditava-se que as pessoas que sobrevivessem à queda desse templo teriam seu pedido atendido. Hoje, tal loucura prática é proibida. De todo jeito, é bom tomar cuidado, pois o local é alto, muito cheio e para cair sem querer tentando fazer uma boa foto também não deve ser difícil.
Ainda no complexo do templo, há uma cachoeira que foi separada em 3 “bicas”, cada uma prometendo algum tipo de benefício àqueles que tomarem da água. Eu não arrisquei, mas a fila estava bem grande para ir até lá.

É isso mesmo: são essas pilastras, sem pregos, que sustentam o templo a uma altura de 13 metros do solo. Foto: arquivo pessoal
O complexo onde está o Kiyomizu-dera possui ainda um santuário xintoísta chamado Jishu, dedicado ao deus do amor. Em frente ao santuário, há 2 pedras, distanciadas a 18 metros, onde “reza a lenda” que se alguém ir de uma a outra de olhos fechados, encontrará o verdadeiro amor. Ficamos observando as pessoas tentando, mas não vi ninguém conseguir. É, galera, o amor tá difícil nesses dias. Ainda bem o meu estava ali comigo, do meu ladinho <3

Eu sorrio para você e você sorri para mim. Deus do amor, em Kyoto. Foto: arquivo pessoal
Na entrada do complexo, temos uma pagoda e portais suntuosos, além de uma longa rua que leva até o complexo, completamente cheia de gente, lojinhas legais e ótimos restaurantes.

A rua que chega ao complexo do templo completamente abarrotada de gente. Foto: arquivo pessoal

Portal do templo. Foto: arquivo pessoal

No templo. Foto: arquivo pessoal

Pagoda no complexo do templo. Foto: arquivo pessoal
Acho que nem preciso dizer que esses 3 templos são essenciais em sua visita a Kyoto, certo? As fotos, muitas vezes, não são sinceras quanto à beleza e magnitude desses lugares. Espero que tenham gostado e fiquem de olho, pois ainda teremos outros artigos sobre Kyoto 🙂 Até a próxima!
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